
A confirmação de 42 casos de sarampo no Tocantins ligou o sinal de alerta em Goiás e no Entorno do Distrito Federal. Com fronteiras próximas, o risco de reintrodução do vírus é real e a Secretaria de Saúde de Goiás não quer ser pega de surpresa.
Desde o fim de julho, o estado intensificou o monitoramento em 17 municípios, sendo oito na divisa com o Tocantins e nove vizinhos ao DF. A recomendação é clara: reforço na vacinação, rastreamento de casos suspeitos, isolamento imediato e coleta de material para análise no Lacen.
A situação é ainda mais delicada por causa da Romaria do Muquém, que acontece até 15 de agosto e deve atrair meio milhão de pessoas em Niquelândia, no Norte de Goiás. Para evitar surpresas desagradáveis, o Cievs montou um plano de ação diário com suporte médico, reforço de vacinas e monitoramento em tempo real nos postos de atendimento.
Apesar do cenário preocupante, Goiás segue sem casos confirmados ou notificados da doença desde 2020. Mas o alerta do Ministério da Saúde, que reconhece o risco de reintrodução do vírus no Brasil, acendeu o debate nacional. Em comum, os casos confirmados até agora têm uma coisa em comum: pacientes não vacinados.
Em um momento em que o sarampo volta a rondar as fronteiras brasileiras, a prevenção é a única resposta sensata. Vacinar não é só uma escolha individual — é um ato de responsabilidade coletiva.