
O recado veio direto de Pequim: a China está com o Brasil. Após um telefonema entre Lula e Xi Jinping, o Ministério das Relações Exteriores chinês declarou apoio público à soberania brasileira e à defesa de seus “interesses legítimos”.
A fala veio da porta-voz Mao Ning, pelas redes sociais. Ela foi além e criticou o que chamou de unilateralismo e protecionismo — numa sinalização indireta aos atritos recentes entre Brasil e Estados Unidos.
A conversa entre os presidentes, que durou cerca de uma hora, teve tom diplomático, mas não protocolar. Segundo o Planalto, Lula e Xi discutiram o fortalecimento da parceria bilateral em áreas estratégicas como petróleo, gás, saúde, satélites e economia digital. Também falaram da COP30 e da importância de manter pontes ativas em busca da paz na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Mao Ning ainda afirmou que a China quer trabalhar com o Brasil como exemplo de “união e força” entre os países do Sul Global — conceito que ambos os governos têm defendido em fóruns internacionais.
O gesto de Xi, ao falar diretamente com Lula, e o posicionamento público da diplomacia chinesa deixam claro: a China está pronta pra ampliar seu papel na geopolítica sul-americana — e o Brasil, neste tabuleiro, tem lugar de destaque.