
Um estudo recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) escancarou uma realidade dura: a BR-153 é, disparada, a rodovia mais perigosa de Goiás. Só em 2024, ela foi palco de quase um terço das mortes nas estradas federais que cruzam o estado.
Dos 3.304 acidentes registrados em Goiás, 2.652 deixaram vítimas. E o número que mais assusta: 297 pessoas perderam a vida. A maioria dessas tragédias aconteceu à noite, principalmente às sextas-feiras. Já os acidentes com vítimas em geral são mais comuns durante o dia e aos domingos.
Na BR-153, a combinação de imprudência e distração forma um cenário trágico. A principal causa apontada nos registros é a ausência de reação do condutor — responsável por 14,5% dos acidentes e 16,2% das mortes. Entre os tipos de ocorrência, as colisões lideram com folga, seguidas por saídas de pista e capotamentos.
Além da BR-153, outras vias perigosas também chamam atenção. A BR-060 e a BR-040 completam o topo do ranking das rodovias com mais mortes, somando 13,8% e 13,1% dos óbitos, respectivamente.
Esses números não são só estatísticas: são vidas interrompidas. O estudo reforça o alerta para quem pega estrada — especialmente em trechos já conhecidos pelo risco. E também acende uma luz vermelha para políticas públicas urgentes de fiscalização, educação e melhorias na malha viária.