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Ataque cibernético atinge Justiça Federal dos EUA e expõe dados sigilosos

Sistema eletrônico usado por advogados e cidadãos sofre invasão; especialistas temem alcance da violação

Um ataque cibernético em larga escala comprometeu, nesta quarta-feira (6), o sistema eletrônico de arquivamento de processos da Justiça Federal dos Estados Unidos. A invasão atingiu diretamente os sistemas CM/ECF — ferramenta usada por profissionais do Direito — e PACER, plataforma que dá acesso público a documentos judiciais mediante pagamento.

Segundo o jornal Político, dados confidenciais de tribunais em diversos estados foram expostos, incluindo informações sigilosas como mandados de prisão e acusações seladas. O episódio reacende o alerta sobre a vulnerabilidade digital de uma das instituições mais estratégicas do país.

A violação ocorre num cenário já delicado: desde 2021, autoridades vêm reconhecendo brechas nos sistemas da Justiça. No ano seguinte, o Congresso foi informado sobre a atuação de três agentes estrangeiros em uma ofensiva de “amplitude surpreendente”. Em 2024, a juíza Amy St. Eve reforçou o diagnóstico: os sistemas estão obsoletos, caros e frágeis diante das exigências modernas de segurança digital.

Até o fechamento desta reportagem, nem o Escritório Administrativo dos Tribunais dos EUA, nem a Agência de Segurança Cibernética (CISA) haviam se pronunciado. O FBI remeteu o caso ao Departamento de Justiça, que também não respondeu.

O episódio expõe mais do que dados: escancara a urgência de investimentos em cibersegurança, sobretudo em estruturas vitais para a democracia e o Estado de Direito.

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  • Redação Citizen

    Redação do Portal Citizen

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