
Indignação nos EUA: Trump fora do Nobel da Paz e Casa Branca dispara contra Comitê
A escolha da venezuelana María Corina Machado como vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025 não passou em branco pela Casa Branca. A reação oficial veio carregada de ironia e ressentimento: Donald Trump, que vinha se dizendo favorito ao prêmio, foi ignorado pelo Comitê Norueguês e isso, segundo seus aliados, foi uma escolha política.
Steven Cheung, chefe de comunicação do presidente, não poupou críticas. “O Comitê colocou a política acima da paz”, escreveu em nota publicada nas redes sociais.
Ele ainda exaltou Trump como alguém com “o coração de um humanitário” e declarou que “nunca haverá ninguém como ele”.
A indignação nasce da crença, defendida por Trump nas últimas semanas, de que teria encerrado ao menos “sete guerras” durante seu mandato uma narrativa contestada por registros oficiais. Entre os feitos citados por ele estavam acordos no Oriente Médio, envolvendo Israel, Emirados Árabes e outros países.
Enquanto isso, María Corina Machado, principal voz da oposição ao regime de Nicolás Maduro, foi reconhecida por sua “luta incansável pelos direitos humanos e pela democracia na Venezuela”.
Emocionada, ela disse estar em choque com a premiação e dedicou o Nobel, “a todos os venezuelanos que não perderam a esperança de viver em liberdade”.
A escolha, celebrada por líderes democráticos ao redor do mundo, foi também interpretada como um gesto político do Comitê em apoio à resistência civil na Venezuela. E embora a Casa Branca continue insistindo no protagonismo de Trump, o Nobel de 2025 parece ter escolhido um outro tipo de paz a que nasce da coragem de desafiar ditaduras.