
A maior queimada do ano na França já destruiu mais de 13 mil hectares no sul do país, deixando uma vítima fatal e ao menos uma pessoa desaparecida na vila de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, no departamento de Aude. As chamas avançam tão rápido — a 5,5 km/h — que 25 casas já foram consumidas e milhares de moradores estão sem energia.
Quase dois mil bombeiros atuam na linha de frente desde a noite de terça-feira (5), tentando conter o fogo que, segundo as autoridades, segue progredindo de forma “muito rápida” por conta dos ventos fortes e da vegetação extremamente seca.
O desastre já é considerado um dos maiores da história recente do país. A área destruída supera, em extensão, o território da cidade de Paris. O porta-voz dos bombeiros, Eric Brocardi, descreveu a situação como “sem precedentes”.
O primeiro-ministro francês, François Bayrou, confirmou que vai visitar a zona atingida ainda nesta quarta-feira (6). Cientistas já haviam alertado para o risco crescente de incêndios no verão europeu, especialmente nas regiões mediterrâneas, onde as temperaturas mais altas e a seca prolongada tornam o cenário ainda mais crítico.
Várias estradas estão interditadas, e o governo local segue em estado de alerta máximo. O combate ao fogo continua com o apoio de aeronaves e reforço de tropas. O cenário é de devastação, e o medo de que o fogo avance ainda mais mobiliza não só a população local, mas todo o país.