Ciência e Tecnologia

Descoberta científica

Fóssil de 72 milhões de anos revela parente mais próximo do Tiranossauro rex

Desde os anos 1980, acreditava-se que o fóssil era de um T. rex; nova análise mostra que, apesar de parecido, o dinossauro era de outra espécie

Restos mortais fossilizados, inicialmente atribuídos a um Tyrannosaurus rex, foram revelados em uma nova análise como sendo, na verdade, de uma nova espécie de tiranossauro do sul da América do Norte. O achado foi registrado na quinta-feira (11) na revista Scientific Reports.

Chamado de Tyrannosaurus mcraeensis, o novo dinossauro pode ser o parente mais próximo conhecido do T. rex. A nova espécie foi identificada a partir de um crânio parcial fossilizado, descoberto na década de 1980 na Formação Hall Lake, no Novo México, nos Estados Unidos.

A caixa craniana está atualmente em exibição no Museu de História Natural e Ciência do Novo México (NMMNHS). “O crânio/mandíbula foi originalmente descrito e atribuído ao T. rex em 1986”, conta Spencer Lucas, um dos autores do novo artigo e Curador de Paleontologia do museu, em entrevista ao site IFLScience.

Segundo o pesquisador, desde então, muito se aprendeu sobre o T. rex por meio de fósseis recém-descobertos. Apesar dos restos terem sido confundidos e sejam comparáveis em tamanho aos de um Tiranossauro rex, (que tinha até 12 metros de comprimento), os especialistas dizem que se trata de uma nova espécie.

Há várias diferenças sutis na forma e articulações entre os ossos do crânio do museu e do T. rex, de acordo com o comunicado sobre o estudo. Lucas afirma que as mandíbulas mais longas e rasas na nova espécie sugerem que ela “provavelmente tinha menos força de mordida do que um T. rex”.

Mandíbula do Tyrannosaurus mcraeensis no Museu de História Natural e Ciência do Novo México — Foto: Nick Longrich

O Tyrannosaurus mcraeensis teria vivido entre 71 e 73 milhões de anos atrás — cerca de 6 a 7 milhões de anos antes mesmo do T. rex aparecer. Isso sugere que os tiranossauros estavam vivendo na América do Norte milhões de anos antes do que os paleontólogos pensavam anteriormente.

O novo tiranossauro possivelmente era uma espécie irmã do T. rex, com aproximadamente o mesmo tamanho, de até 12 metros de comprimento da cabeça à cauda, e 3,6 metros de altura. Ambas as espécies teriam uma dieta baseada em carne.

A pesquisa sugere ainda que os tiranossauros podem ter evoluído ao sul de um continente insular chamado Laramidia, que existiu entre 100 e 66 milhões de anos atrás. Essa ilha era grande e se estendia do que hoje é o Alasca até o México.

Os pesquisadores propõem que a linhagem do tiranossauro, Tyrannosaurini, pode ter evoluído para um tamanho corporal gigante há cerca de 72 milhões de anos, ao lado de outros dinossauros gigantes de Laramidia do sul, como ceratopsianos, hadrossauros e titanossauros.

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  • Leidiana Batista

    Jornalista com experiência nas principais áreas da comunicação, TV; Rádio, internet; impresso e assessoria de imprensa. Formou-se pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e especializou-se em comunicação empresarial. Foi voluntária no Rotary Club Anápolis Jaiara, onde atuou na área de Imagem Pública. Foi editora de texto na TV Anhanguera (Globo) e nas assessorias de comunicação do Porto Seco Centro Oeste e Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA). Atualmente faz assessoria de comunicação e marketing e gerente de projetos na Orman D&B.

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